O Prémio Eppendorf para Jovens Investigadores Europeus 2025 foi atribuído a Varun Venkataramani, Alemanha

Este ano, a Eppendorf SE, uma empresa de produtos de saúde com sede em Hamburgo, atribui o seu prestigiado prémio de investigação pela 30ª vez. Laura Machesky, Cambridge, Reino Unido, selecionou o Dr. Varun Venkataramani, do Hospital Universitário de Heidelberg, Alemanha, como o vencedor do Prémio Eppendorf para Jovens Investigadores Europeus 2025.

Varun Venkataramani recebe o prémio de 20 000 euros pela sua investigação sobre a forma como as redes sinápticas neuronais-tumorais podem impulsionar a progressão dos tumores cerebrais. O júri reconheceu a importância do domínio emergente da neuro-oncologia e o papel do Dr. Venkataramani na descoberta da forma como os neurónios e os tumores interagem, bem como o potencial translacional deste trabalho.

Varun Venkataramani: "Sinto-me profundamente honrado e grato por receber o Prémio Eppendorf 2025 para Jovens Investigadores Europeus. Este reconhecimento reflecte a dedicação e o espírito inovador de toda a minha equipa de investigação, cujos esforços incansáveis tornaram possíveis as nossas descobertas. Estendo os meus sinceros agradecimentos aos meus mentores, colaboradores e família pelo seu apoio inabalável ao longo desta jornada."

O prémio reconhece os importantes contributos para a compreensão da complexa interação entre os neurónios e as células cancerosas nos tumores cerebrais, revelando como as células cancerosas formam sinapses com os neurónios e exploram os mecanismos neuronais para o crescimento e a invasão do tumor. Estas descobertas estão a estabelecer a neurociência do cancro como um novo campo na intersecção entre a neurociência e a oncologia, o que potencialmente conduzirá a estratégias de tratamento orientadas pela neurociência para doentes com tumores cerebrais, para os quais as opções terapêuticas actuais permanecem limitadas.

Para além do vencedor do Prémio Eppendorf 2025, foram distinguidos dois finalistas.

Fena Ochs, líder de grupo no Centro de Investigação e Inovação Biotecnológica da Universidade de Copenhaga, Dinamarca, foi distinguida pela sua contribuição para a nossa compreensão da forma como a coesina medeia a coesão das cromátides irmãs. O painel de jurados ficou impressionado com os estudos inovadores e mecanicistas da Dra. Ochs, que ajudaram a resolver o modo como a cohesina humana funciona como monómero para unir as cromátides irmãs e com os seus estudos de molécula única da cromatina 3D. O júri reconheceu a relevância dos seus estudos para a infertilidade relacionada com a idade e para a nossa compreensão da organização da cromatina.

Juliette Fedry, líder de grupo no MRC Laboratory of Molecular Biology, Cambridge, Reino Unido, foi distinguida pela utilização de técnicas inovadoras para revelar como o stress celular controla a tradução de proteínas. O painel de jurados ficou impressionado com o seu trabalho FIB CryoET, que está a revelar a forma como as proteínas são traduzidas em tecidos saudáveis e doentes, com uma resolução sem precedentes e num contexto fisiologicamente relevante

A cerimónia de entrega do prémio teve lugar em 3 de julho de 2025 no Centro de Formação Avançada do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL) em Heidelberg, Alemanha.

Mais informações sobre as modalidades de candidatura, os critérios de seleção e os anteriores vencedores do Prémio Eppendorf para Jovens Investigadores Europeus podem ser consultados em www.eppendorf.com/award.

Com o Prémio Eppendorf para Jovens Investigadores Europeus, que foi criado em 1995, a Eppendorf SE distingue o trabalho excecional na investigação biomédica e apoia jovens cientistas na Europa até aos 35 anos de idade. O Prémio Eppendorf é atribuído em parceria com a revista científica Nature. O vencedor do prémio é selecionado por um comité independente composto por Laura Machesky (Universidade de Cambridge, Reino Unido), Sadaf Farooqi (Wellcome-MRC Institute of Metabolic Science, Cambridge, Reino Unido), Madeline Lancaster (MRC Laboratory of Molecular Biology, Cambridge, Reino Unido), Ben Lehner (Wellcome Sanger Institute, Cambridge, Reino Unido; Center for Genomic Regulation PRBB, Barcelona, Espanha), Stefan Raunser (Max-Planck-Institut für Molekulare Physiologie, Dortmund) e Michael Sixt (Institute of Science and Technology Austria ISTA, Klosterneuburg, Áustria).