IO-Link é o futuro da transmissão de dados de sensores. A tecnologia já é padrão em sensores de pressão, temperatura, nível e similares. No processamento de imagens, no entanto, a situação é diferente: Muitos utilizadores têm reservas quanto ao facto de o IO-Link estar a atingir os seus limites devido aos grandes volumes de dados e às baixas taxas de dados. O leitor multicódigo O2I da ifm mostra que o IO-Link tem futuro no processamento de imagens.

Não é sem razão que o sistema de comunicação IO-Link se tornou um triunfo na indústria. A tecnologia combina simplicidade com fiabilidade. A estrutura também é relativamente fácil de explicar. O sistema contém vários sensores e actuadores que estão ligados como dispositivos IO-Link a um mestre através da tecnologia, que por sua vez representa a interface para o controlador de nível superior. Isto torna-o independente do controlador e do bus de campo. O IO-Link normalizado simplifica a instalação e a manutenção. Se um sensor de temperatura falhar na indústria alimentar, por exemplo, pode ser rapidamente substituído e a parametrização transferida para o novo sensor; o plug & play já não é, portanto, uma visão do futuro. O IO-Link fornece os valores de medição exactos ao controlador sem interferências e permite um acesso remoto transparente aos parâmetros do sensor. Para além do valor do processo, também podem ser obtidas e processadas informações secundárias do sensor. O resultado é um caminho em Y que transmite o valor do processo para o controlador e, ao mesmo tempo, envia dados de diagnóstico específicos do sensor e valores de memória para um controlador IoT através do mestre. A monitorização da condição e a manutenção preditiva também são facilitadas através do sistema de comunicação. No entanto, o IO-Link ainda tem um problema que o torna difícil de usar em alguns campos de aplicação. O protocolo oferece três velocidades diferentes: 4,8, 38,4 e 230,4kBaud. Isto é completamente suficiente para a transmissão de dados de sensores convencionais, mas não para a transmissão de dados de processo que podem ser gerados pelo processamento de imagens. No entanto, a tendência para o IO-Link não se fica pelos sistemas de visão. Com o leitor multicódigo O2I, a ifm mostra como o IO-Link já pode ser utilizado no processamento de imagem.

Leitor multicódigo para código e texto
O leitor multicódigo permite analisar diferentes códigos 1D/2D e textos numa única imagem. Isto é relevante em diferentes fases do processo de produção, e a logística em particular beneficia desta tecnologia. O O2I verifica a qualidade dos códigos e informação de texto ou assegura o rastreio do produto ao longo de todo o processo produtivo. O leitor está também equipado para utilização em ambientes de produção que são frequentemente escuros ou sombreados. A iluminação RGBW integrada pode ser ajustada de modo a que o leitor detecte de forma fiável mesmo combinações de cores difíceis entre código, texto e fundo.

O O21 beneficia do IO-Link de várias formas. Utiliza a norma COM3 para a transmissão de dados a uma velocidade de 230,4kbaud. Para uma melhor transmissibilidade, os dados superiores a 32 bytes são automaticamente divididos em vários blocos e, assim, transferidos rapidamente para o controlador. Os blocos de dados são separados automaticamente e o tempo de espera pode ser definido individualmente. Isto tem a vantagem de não serem necessários blocos de função especiais no sistema de controlo. Para além da transmissão, o IO-Link facilita também o manuseamento do leitor multicódigo. Os utilizadores podem instalar o sensor diretamente na infraestrutura de sistema existente. O leitor é configurado através de um botão de programação e está pronto para funcionar em poucos segundos. É alinhado com o código e, em seguida, efectua automaticamente a focagem, o reconhecimento do tipo de código e o ajuste da exposição. Se ainda precisar de processar tarefas mais complexas, também pode utilizar a interface Ethernet em qualquer altura. A configuração básica é possível através de uma aplicação especial para smartphone, que também pode ser usada para definir gatilhos ou o endereço IP. O smartphone gera então um código de matriz de dados, que é mantido no campo de visão do O2I. O sensor adopta automaticamente a configuração armazenada no código.

Configuração via wizard
A configuração através da aplicação para smartphone não é a única forma de configurar o leitor multicódigo. Com o software ifm Vision Assistant, a empresa oferece aos utilizadores profissionais da indústria uma ferramenta com a qual o sensor pode ser configurado de forma ainda mais abrangente. através de várias funções lógicas, programam o controlo sequencial dentro do sensor, eliminando a necessidade de uma unidade de avaliação externa. O O2I também reconhece de forma independente vários códigos diferentes numa imagem. os códigos podem ser facilmente atribuídos através do Vision Assistant. Uma imagem ao vivo e a visualização das configurações permitem aos utilizadores manter uma visão geral em qualquer altura.

Conclusão
O leitor multicódigo O2I da ifm é a prova de que o processamento de imagem e as vantagens do IO-Link não são, de forma alguma, mutuamente exclusivos quando se trata de recolha e transferência de resultados. A ifm está convencida de que, mesmo com a taxa de dados limitada em comparação com Ethernet e fieldbus, as aplicações podem ser realizadas de forma simples, rápida e fiável - mesmo em aplicações com sensores de visão.